Antes de nos aventurarmos para as estradas e pistas de sonho que enchem o coração dos nossos aventureiros, Madagáscar oferece-nos Antananarivo, uma capital vibrante, colorida e cheia de charme, em que a história tribal e colonialista, e as suas incríveis vistas nos esperam ao virar de cada esquina.
Para a maioria dos viajantes, Antananarivo é somente porta de entrada para a maravilha paradisíaca que é Madagáscar, e tão depressa surja a oportunidade para sair daqui, tão depressa o fazem. Mas, a verdade é que a confusão do trânsito e dos transeuntes que ocupam os passeios, os edifícios degradados que mostram um passado conturbado e a visível pobreza são fatores que afastam muitos visitantes. Mas nunca devemos julgar apenas pelas aparências sem antes conhecermos o que Antananarivo tem realmente para oferecer, e às vezes as palavras “lições de vida” são um excelente exemplo.
Dentro dessa confusão intimidante há uma Antananarivo encantadora, onde o passado tribal se mistura com o passado colonialista francês do séc XIX até meados do séc XX, onde as diferentes etnias se mesclam, criando um povo aberto, generoso e simpático e que nos entristece deixar.
Apesar de na nossa viagem ficarmos apenas um dia nesta cidade e de nos fazer querer sair dela mal a conhecemos, a verdade é que ao fim de um dia a percorrer a capital Antananarivo percebemos que um dia sabe a pouco. Por já sabermos isso tentamos captar num único dia, uma aventura digna para quem quer conhecer Madagáscar.
O Palácio da Rainha – Rova
Conhecido como Manjakamiadana, traduzindo “Um bom lugar para governar”, é um edifício imponente sobre a colina mais alta da cidade.
É aqui que os grandes monarcas repousam. Uns repousam sob um túmulo de cor cinzenta, destinados aos reis. As rainhas descansam sob a cor vermelha, significando nobreza. Por alguma razão uma das cores que se associa mais a Madagáscar é o vermelho da terra que grande parte da ilha é agraciada.
A Rova como é conhecido este lugar mágico é visto por toda a cidade de Antananarivo no topo de Haute-Ville com uma das melhores vistas sobre a cidade. É realmente um bom lugar para governar.
É na Avenida da Independência que sentimos o coração da cidade a bombear trânsito para todas as veias periféricas. A atmosférica incrível que assistimos nesta rua, onde podemos ver espetáculos de magia de rua, por exemplo, é onde começamos a ficar enfeitiçados por Antananarivo.
Para atingir o auge do feitiço temos de percorrer 22 quilómetros. O Lemur Park é um jardim botânico e reserva de lémures, com cerca de 5 hectares. As 9 espécies de lémures e as cerca de 70 espécies endémicas de árvores fazem um paraíso os lémures que aqui circulam livremente para sua proteção. As suas belas e longas caudas hipnotizam-nos e os seus olhos surpresos fitam-nos inocentemente. Se há melhor maneira de começar uma viagem em Madagáscar é pela sua entrada para o mundo.
Ao fim deste primeiro dia de viagem a tristeza apodera-se de nós porque sentimos a mesma emoção de quando uma viagem que adoramos está para acabar. Mas a Expedição a Madagáscar só está a começar.
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